Desenvolver um plano de transição integrado numa estratégia de sustentabilidade credível é essencial para a resiliência e competitivade de uma organização
A sustentabilidade é um conceito muito abrangente e, por isso, com um elevado risco de se tornar vazio de significado. É pois crucial compreender como se concretiza este conceito nas atividades de uma organização e de que forma se pode traduzir num fator de competitividade.
Um instrumento essencial para uma organização planear este caminho é desenvolver um plano de transição. O ponto de partida é a criação de uma visão aspiracional para o que se pretende atingir, para que depois se possam planear os passos nessa direção. Posteriormente a visão deve ser concretizada em metas concretas, que vão traduzir os compromissos da organização. Um exemplo comum em relação a aspetos ambientais são as metas de neutralidade carbónica, alinhadas com o estabelecido no Acordo de Paris.
Posteriormente é essencial perceber que investimentos são necessários para alcançar as metas propostas e também que benefícos e impactos se podem esperar. Após esta análise, a organização estará finalmente pronta para decidir os compromissos que quer assumir e as ações que pretende implementar a curto, médio e longo-prazo, ciente dos respetivos impactos.
O planeamento da transição para uma atividade mais sustentável, apesar de aparentemente complexo, é essencial para que a empresa possa programar os passos concretos para aumentar a sua resiliência face a riscos ambientais e sociais, mas também para assegurar que se continua a manter competitiva no longo prazo. Há um caminho a fazer para integrar estas preocupações na estratégia da organização que não é linear, mas que quando planeado e bem integrado na estratégia organizacional, resulta certamente num posicionamento mais competitivo e num ganho reputacional para a empresa.
O plano de transição é um primeiro passo essencial para entender a trajetória que a empresa terá que seguir para assegurar um posicionamento sustentável, mas também uma forma de assegurar a capacidade de financiamento adequado para fazer face às adaptações que se venham a identificar como necessárias para essa trajetória.
